sábado, 26 de julho de 2008

Angra III


Angra III é um paradoxo, já gastamos mais do que o valor da execução do projeto para guardar o material de construção da usina, temos qualidade em produção de energia atômica, déficit de produção hidroenergética, pouca tradição e know-how em energia solar e eólica, e não construímos até hoje a usina.

Muito retrógrado, sabendo que a matriz energética da França, por exemplo, é quase na sua totalidade composta de energia nuclear. E mais estranho (ou preconceituoso) ainda sabendo que não acontecem mais desastres ambientais por causa das barreiras de contenção e dispositivos de segurança instalados. Um tipo de energia limpo, que pode ser produzida sem um impacto ambiental tão grande, como as hidrelétricas, que pode estar próximo de grandes centros (não necessitando de kilômetros e kilômetros de linhas de transmissão), e seguro.

Por exemplo:

Defesa em Profundidade

É um conceito de projeto que envolve a criação de sucessivas barreiras físicas que mantêm a radiação sob total controle. 

1 – As pastilhas de dióxido de urânio possuem uma estrutura molecular que retém a maior parte dos produtos gerados 
na fissão.
2 – As varetas que contêm as pastilhas são seladas e fabricadas com uma liga metálica especial.
3 – O vaso do reator funciona como uma barreira estanque. 
4 – A blindagem radiológica permite que os trabalhadores possam acessar áreas próximas ao reator.
5 – O envoltório de aço especial, com 3 centímetros de espessura, é projetado para resistir ao mais sério acidente. 
6 – O envoltório de concreto, com 70 centímetros de espessura, conterá qualquer material caso as demais barreiras falhem.

Por esses motivo sou a favor da energia limpa e sem emanação de gases poluentes, note-se que o gás emitido pelas chaminés é vapor d'água. 

Só no Brasil, mesmo.

Abraços a todos.

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